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domingo, 22 de maio de 2011

COPACABANA PALACE: E a exclusiva piscina Negra


Pequena jóia: a piscina de pastilhas negras exclusiva para
os hóspedes do 6º andar, onde ficam suítes que já hospedaram
Charles e Diana, Mick Jagger e Mandela



A Copacabana semideserta, um imenso areal ocupado aqui e ali por casas de veraneio, deixou de existir há muito tempo. Mas ao atravessar a porta giratória de freijó e vidros curvos do número 1702 da Avenida Atlântica encontra-se, intacto, um pedaço da história do Rio. O Copacabana Palace conseguiu sobreviver à deterioração do entorno, à despersonalização do turismo de massa e ao desprezo nacional por edificações que têm a charmosa pátina do tempo. Não existe mais o glamour da era em que Ava Gardner, Marlene Dietrich e Rita Hayworth circulavam por seus salões, mas o velho Copa continua lá, como um enclave de resistência à feiúra e à mesmice. O hall de entrada recende a um delicioso aroma de capim-limão – fragrância feita exclusivamente para o hotel. Enquanto se registram, os hóspedes recebem uma toalhinha quente e umedecida para as mãos. Em seguida, oferecida numa bandeja de prata, vem a água aromatizada por rodelas de laranja-lima. Ninguém mais fuma nos ambientes fechados, mas o emblema da casa continua a ser rigorosamente impresso no pó de mármore dos cinzeiros de pés de ferro. Pequenos requintes desse símbolo da hotelaria carioca, erguido pela família Guinle em 1923 e comprado pela companhia Orient-Express em 1989 por 23 milhões de dólares. Desde então, a empresa já investiu quatro vezes mais em melhorias. Recentemente investiu 12 milhões de dólares para criar 22 novos quartos no anexo e um elegante bar à beira da piscina. Destino de chefes de governo, reis, rainhas, estrelas de cinema e astros da música por sucessivas décadas, ele se mantém na rota das celebridades. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a deslumbrante Carla Bruni  passaram o Natal no 6º andar, o mais exclusivo, com atrações desconhecidas até por freqüentadores habituais, como a piscina de pastilhas negras.
O pianista: Francisco, 13 anos, passa as férias no hotel
e pratica suas lições de piano em um Steinway de 1923


Como a história de certos países, o Copa teve de mudar para continuar o mesmo. Desde a venda, os 222 apartamentos do hotel, condensados num terreno relativamente pequeno, de 10 000 metros quadrados, foram reformados, numa daquelas obras que parecem eternas.



 As camas, no modelo boxe, feitas sob medida por uma firma americana, são tão confortáveis que Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones, convenceu a gerência a lhe vender uma, em 2006. Hospedado ali para o histórico show da Praia de Copacabana e insone crônico, dormiu feito anjo.



 "Quando assumimos, o hotel estava decadente", lembra o inglês Philip Carruthers, diretor-superintendente do Copa. O principal problema, maior ainda que o das paredes mal pintadas e dos estofados desbotados, era o turismo sexual. Algumas profissionais tinham agendas tão intensas que praticamente emendavam semanas hospedadas lá. Só mudavam os acompanhantes. Uma das primeiras medidas dos administradores da Orient-Express foi mudar o, digamos, tom. Acompanhantes, só os registrados no ato de reserva. No início, muita gente resistia, reclamava, pedia... A crônica do hotel registra o caso de um russo que ofereceu 5 000 dólares para entrar com uma "amiga". Não entrou. Atualmente, os problemas são poucos. "Quando o gringo diz que está no Copa, as moças já sabem que não vão conseguir entrar e sugerem outro lugar", explica o diretor-superintendente, com sotaque carregado.
Em 1994 o hotel ganhou uma quadra de tênis, instalada atrás do prédio principal num lugar tão discreto que poucos cariocas sabem de sua existência. No ano passado, foi aberto um spa. Os salões dos fundos, onde até 1946 tilintavam roletas de jogo, foram restaurados, mas conservam o ar de ambientes deliciosamente usados. Por ano, o hotel – cujos apartamentos com vista para o mar têm diárias a partir de 1 470 reais, segundo a tabela cheia – recebe 86 000 hóspedes. A presença de celebridades faz parte da rotina de seus 471 funcionários – 2,1 empregados para cada hóspede, o dobro da média dos cinco-estrelas. Um requinte que valeu a melhor qualificação de serviço das Américas e do Caribe, segundo o ranking da revista Condé Nast Traveller de 2007. Famoso que é famoso fica no 6º andar, com sete suítes excelentes, mas sem o luxo mirabolante, quando não de mau gosto, normalmente associado a hotéis estrelados. Com 100 metros quadrados, elas têm sala, lavabo, bar e closet. No chão, mármore de Carrara e tapetes orientais. As cortinas são francesas; os lençóis de algodão, 600 fios. Alguns móveis vieram de antiquários. Da banheira se tem uma vista estonteante do mar. Com diária de 4 200 reais, as suítes não são as maiores do Rio, mas têm uma mítica. Já se hospedaram nelas o príncipe Charles e a princesa Diana, o rei Juan Carlos e a rainha Sofia, Winnie e Nelson Mandela, Bill Clinton e Hillary, Rolling Stones, U2. "É um paraíso", diz a cliente assídua Hebe Camargo. A apresentadora tem até copinhos especiais reservados ali. "Não dá para comer caviar sem vodca e não dá para beber vodca em copo grande", explica.
Receber os hóspedes do 6º andar é a função da inglesa Anne Philips, exímia nos protocolos da realeza e em atender a excentricidades dos vips. "Discrição e pontualidade britânica", diz sobre sua tarefa. E um bocado de paciência, acrescente-se. Antes da visita de Mick Jagger, há dois anos, passou uma semana testando uma receita de muffins, exigência do cantor. "Ele só comeu um", conta. Na passagem da banda U2, em 2002, foi recebida pelo guitarrista The Edge pelado, ao chegar para servir o café na suíte. Nada comparável à lua-de-mel de um príncipe de Dubai, quando levou quatro horas desfazendo cinqüenta malas, com a ajuda de um mordomo. É no 6º andar que fica a piscina exclusiva, revestida de pastilhas negras, que reverbera como uma pequena jóia à luz do sol. É lá que Gisele Bündchen tomava sol antes de ser flagrada por um fotógrafo que se aboletou numa janela do vizinho edifício Chopin. "É sempre bom estar no Copa", diz a modelo. "O hotel traduz um pouco da história da cidade." O jornalista Roberto D’Ávila, hóspede-morador há um ano e sete meses, vai além: "Ele não é só guardião da memória do Rio, mas do passado político e cultural do país". A ministra e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, namorada do jornalista, está se tornando presença constante no Copa.

Um hotel de estirpe é como uma mulher bonita já na fase pós-quarenta: exige manutenção constante. No Copa, existe uma funcionária só para tirar as marcas de dedo dos corrimãos de latão dourado. Outro tem como missão afugentar os pombos que tentam pousar junto à piscina semi-olímpica – aquecida a 30 graus no inverno, se é que se pode usar esta palavra para o Rio. "Vivi aqui um ano e me apaixonei", diz o empresário Mário Cohen. "Tem uma elegância discreta." Atualmente vizinho do Copa, Cohen integra o seleto grupo de 55 pessoas com cartão-piscina. Gente que paga entre 7 500 e 10 000 reais por ano para nadar lá. No verão, esses freqüentadores são brindados, de hora em hora, com fatias de frutas e toalhinhas geladas para o rosto. "Criamos novidades o tempo todo", explica a gerente-geral Andrea Natal. "O hóspede tem de sair encantado." Isso vale para um rei árabe, um roqueiro ou um menino de férias. "Aqui eu me sinto em casa", conta Francisco Kilgore, de 13 anos. Filho de uma brasileira e de um empresário americano, ele mora na Califórnia e costuma passar os meses de julho e agosto no Copa, período em que se transforma quase em personagem de ficção ao dedilhar as lições de piano num Steinway & Sons, de 1923. "Só pediram para não tocar muito cedo."

Anne Philips: discrição, pontualidade
britânica e muita paciência para
cuidar de celebridades



A atenção aos detalhes faz a diferença. Filmes vencedores do Oscar são entregues nos quartos acompanhados por um balde de pipoca quentinha. Todos os hóspedes são presenteados com sandálias Havaianas, chocolates e flores. Estas praticamente exigem uma colorida linha de montagem: são 160 arranjos de orquídeas, antúrios, gérberas, entre vinte espécies. O maior, o do lobby, é rearrumado diariamente e trocado duas vezes na semana. "O ambiente é inspirador", diz a florista Suzana Milman, de 32 anos, discípula da inglesa Paula Prike. "Para trabalhar aqui tem de estampar o sorriso no rosto", ensina o capitão-porteiro Jorge Freitas. Aos 57 anos, 37 no hotel, é o funcionário mais antigo e provavelmente o mais paparicado — muitos visitantes pedem para tirar fotos ao seu lado.



Aberto em 1923, o hotel foi inspirado no Negresco e no Carlton, concorrentes da Riviera Francesa. "Mais do que retorno financeiro, meu pai queria tudo perfeito", diz Luiz Eduardo Guinle sobre o fundador, Octávio Guinle. O hotel inaugurou a Copacabana chique, assistiu à sua decadência e sobreviveu com honra, cheio de histórias. O livro de ouro registra nomes como Santos Dumont, Walt Disney, Elizabeth II, Diana. Foi nos salões – e quartos – do Copa que Jorginho Guinle, sobrinho de Octávio, viveu aventuras que criaram sua fama de playboy. Pouco antes de morrer, em 2004, fez seu último pedido. "Quero ir para o céu", disse. Foi atendido e no Copa passou sua última noite.


 Suíte Cobertura


As espetaculares Suítes Cobertura localizadas no 6º andar do Prédio Principal, medem aproximadamente 100m² (1.076ft²). Essas acomodações podem ser conectantes, oferecendo uma área de aproximadamente 220m² (2.152ft²).
As suítes possuem camas King Size e são decoradas com obras de arte e tapetes raros, proporcionando todo o luxo e sofisticação dessa acomodação. As Suítes Cobertura também oferecem um confortável banheiro todo em mármore com banheira e chuveiro separados.

Em todo o 6º andar estão localizadas as sete Suítes Cobertura, todas com terraço privativo. Seis delas possuem vista para o mar e somente uma com vista para a cidade.

O 6º andar dispõe de uma piscina privativa e exclusiva para os hóspedes das Suítes Cobertura, o perfeito local para relaxar e tomar sol com total privacidade.
Serviço de mordomia também está disponível para os hóspedes das Suítes Cobertura, já incluído em sua diária.
Algumas fotos das suites do sexto andar do hotel, onde Mariazinha Guinle morou desde que casou Octávio Guinle e agora recebe ricos e famosos, estrelas da música (Mick Jagger, Madonna e etc...), príncipes e presidentes (o último foi o francês Nicolas Sarkozy e sua mulher Carla Bruni).
O ambiente é suntuoso, são sete suites interligadas, cinco delas têm vista total para o mar – inclusive dos toilletes. Juntas, ficam com 200m² e contam com piscina privativa de 40m², toda revestida de pastilhas negras.



Decoradas pelo francês Gerard Gallet, com muitas obras de arte originais da pintora francesa Dominique Jardy.

O piso em mármore carrara italiano, forrações e cortinas em tecidos franceses, e os travesseiros e roupas de cama podem ser escolhidos individualmente através de um menu.

Como se trata da acomodação mais exclusiva do Copa – diária em torno de R$35 mil –, os serviços estão a altura: mordomo 24:00 hs, staff (especialmente dedicado a servir seus ocupantes) e inclui room service.


http://www.copacabanapalace.com.br/












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